26 julho 2015

Lira, Lirinha, Lírico.

       O Labirinto e o desmantelo é o segundo disco de trabalho solo do cantor pernambucano Lira – ou Lirinha, como tornou-se conhecido. Não se limitando a um regionalismo, Lira firma-se no cenário musical brasileiro como um cantor sem classificação, ou acima delas. É um artista de personalidade forte, que tem como característica de seu trabalho o experimentalismo.
O disco já começa intenso na capa, arte feita por Renan Costa Lima, cujo psicodelismo se concretiza nas cores marcantes, nos contrastes e no desenho de contornos não muito bem definidos. Com produção de Pupillo, baterista do Nação Zumbi e participação da cantora Céu, o álbum foi gravado metade em Recife, metade em São Paulo.
Influenciadas pelo punk-rock, o psicodelismo dos anos 70 e a Literatura Fantástica, as onze faixas do CD nos fazem mergulhar em um universo lírico, onde a poesia das letras dialoga com a sonoridade das músicas, que mistura guitarras, eletrônico e instrumentos clássicos.
Se o desmantelo é para Lirinha o desarranjo da ordem labiríntica, “O Labirinto e o desmantelo” é, para nós, o desarranjo das emoções comuns.  Escutar o disco em questão é estar disposto a mergulhar em uma aventura musical, mesmo tendo sido avisado que só durará trinta e cinco minutos.




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